Querer falar e não conseguir de jeito maneira..
Um telefone azul todo pixado, teclas de ferro, a númeração ainda legível, no entanto, não completa linha.. na vista um novo telefone ao longe, numa distância de dois quarteirões de rua calçada de pedras, aparentemente normal, caminha, verifica a linha, tudo em perfeita ordem, digita o número nove, mas a tecla não digita o número, tenta outra vez, aperta forte, aperta torto, nada.. bate o gancho! Atravessa um sinal de trânsito em direção a uma inclinação muito escura, embaixo da árvore dois telefones azuis, um de costas para o outro, tinha de ser uma ligação bem veloz, para sair do escuro rapido e sem atrair atenções marginais desnecessarias..
O telefone que estava na frente da esquina estava com o cordão de ferro prata arrebentado, o telefone que estava de costas, acendia o visor com a seguinte mensagem: fora de operação, nova batida forte de gancho! Derrota! Avista um bar, aos poucos penetra aos ouvidos um ruído, vai se clareando, é música, não, é melhor, é um rock leve que toca na rua de baixo da esquina escura, agora nessa outra rua de calçada de pedra, o bar, o rock logo na esquina e nada de telefone, mais nenhum para entrar para a lista das sucatas telefonicas urbanas,,, para em frente ao bar, entra no pequeno quadrado de bebidas flutuantes e pergunta: sabe onde tem um telefone público por perto? A resposta veio em seguida: aí bem atras de você. Vira-se e dá de cara com o danado! Um belo telefone azul, de teclas prata e brilhante, cordão todo em espiral, números, nem um rabisco, até identificação do número tinha na diagonal esquerda alta. Se aproxima, retira do gancho, coloca na orelha e enfim escuta.. algo.. algo assim diferente.. como o barulho do mar, aquele barulho trouxe uma calmaria pra toda aquela andança na caça ao telefone, enfim um telefone e com ele a calmaria do mar,, esteve ali por alguns instantes até que percebeu que com este telefone também seria impossível ligar,, restava recolocar o gancho no lugar, tira da orelha, olha pro gancho e seu interior está oco..
Escrita Cotidiana
costurando..
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
vazio imenso
erguem-se edifícios de sentimentos
desmancham-se pretenções
energia morta ainda pulsante
entreter-se de fingir, passar batido..
exalam-se encantos desencatados
escondidos por d'traz dos hormônios
roem-se de invejas brancas
sem maldade, sem querer
momentos dos outros..
esvaziam-se os locais
somente as luzes
o nada é o mais interessante
outra vez imersão de pensamentos
análise psicológica
sem precisar de bebidas frias, nem daquelas quentes
sono de gente acordada
cheiro de gente sufoca de calor
lugares pequenos, pessoas grandiosas
lugares gradiosos, momentos pequenos detalhados
esquecidos estantâneamente..
chega disso então..
erguem-se edifícios de sentimentos
desmancham-se pretenções
energia morta ainda pulsante
entreter-se de fingir, passar batido..
exalam-se encantos desencatados
escondidos por d'traz dos hormônios
roem-se de invejas brancas
sem maldade, sem querer
momentos dos outros..
esvaziam-se os locais
somente as luzes
o nada é o mais interessante
outra vez imersão de pensamentos
análise psicológica
sem precisar de bebidas frias, nem daquelas quentes
sono de gente acordada
cheiro de gente sufoca de calor
lugares pequenos, pessoas grandiosas
lugares gradiosos, momentos pequenos detalhados
esquecidos estantâneamente..
chega disso então..
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
coroação de nossa senhora
Maezinha do céu,
eu não sei rezar,
só sei repetir..
eu quero te amar,
azul é teu manto,
branco é seu véu,
maezinha eu quero te ver lá no céu..
maezinha eu quero te ver lá no céu..
eu não sei rezar,
só sei repetir..
eu quero te amar,
azul é teu manto,
branco é seu véu,
maezinha eu quero te ver lá no céu..
maezinha eu quero te ver lá no céu..
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
o vento arrancou toda a pele e deixou a carne exposta para sentir
todos os poros abertos pela velocidade há mais de cem por hora
uma só musica, num pensamento vazio, somente o som permeia por entre as veias,
realiza trajetos inesparados e toca em orgãos vitais
fitava o mundo pela janela, no olho do furação
cruzava retas curvas entrecortadas verticais.. ou horizontais
e uma sensação de nostalgia chorosa vinha queimar o canto dos olhos
quase escorre algo salgado pela face, mas tudo se contém em ficar quieto
só o essencial prevalece
somente o sentido por dentro
desnudado por fora
pela força da noite
.. sim, o cotidiano tem esse poder!
todos os poros abertos pela velocidade há mais de cem por hora
uma só musica, num pensamento vazio, somente o som permeia por entre as veias,
realiza trajetos inesparados e toca em orgãos vitais
fitava o mundo pela janela, no olho do furação
cruzava retas curvas entrecortadas verticais.. ou horizontais
e uma sensação de nostalgia chorosa vinha queimar o canto dos olhos
quase escorre algo salgado pela face, mas tudo se contém em ficar quieto
só o essencial prevalece
somente o sentido por dentro
desnudado por fora
pela força da noite
.. sim, o cotidiano tem esse poder!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
às ..
Há por favor, não se deixe sozinho com elas, sim as azuis e as verdes também.. com seu zumbido chato e com suas assas barulhentas, não tem como deixar de imaginar onde elas andaram pousando anteriormente.. e sempre vem a cabeça alguma resposta desagradável!
Se a vida anda meio à moscas, não permita que o desânimo chegue e se assente na cacunda..
Há por favor, espante três só em segundos de pensamento, elas flutuam como bolinhas de nuvens produzidas por meia dose alcoólica,, e as vezes a existencialidade destes seres é insuportável.
Há sei lá, vá saber.. e se for tudo ao contrário.. e se por acaso eu sentir saudade! Tudo é uma questão de costume. As cores azuis e verdes são as minhas preferidas.. e se não trouxeram nenhum mal depois de tanto temopo, deve ser que criei alguma resistência contra contaminação de certos insetos invertebrados.. ou eles realmente não querem me fazer mal.. ou ainda.. só querem estabelecer algum laço por meio de seus zumbidos.. vá saber!
Se a vida anda meio à moscas, não permita que o desânimo chegue e se assente na cacunda..
Há por favor, espante três só em segundos de pensamento, elas flutuam como bolinhas de nuvens produzidas por meia dose alcoólica,, e as vezes a existencialidade destes seres é insuportável.
Há sei lá, vá saber.. e se for tudo ao contrário.. e se por acaso eu sentir saudade! Tudo é uma questão de costume. As cores azuis e verdes são as minhas preferidas.. e se não trouxeram nenhum mal depois de tanto temopo, deve ser que criei alguma resistência contra contaminação de certos insetos invertebrados.. ou eles realmente não querem me fazer mal.. ou ainda.. só querem estabelecer algum laço por meio de seus zumbidos.. vá saber!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Ondas de vida
A Lua e eu somos poucos
Um único satélite, cada um de nós
Orbitando nossos astros
Mas há muitos orbitando a Lagoa
À clareira gramada
Entre coqueiros e uma porta de metal
Vejo-os, ouço-os
Do lado de lá, carros em uma fita luminosa amarela
A qual é entrelinha dos azuis do céu e da Lagoa
Do lado de cá, moças passando em caminhada
Há quem corra
Há quem pedale
Há quem só ande
Só ou acompanhado
Lua riscada por nuvem, elevando-se e resplandecendo
Azul escurecendo
Falta-me alguém? Falta-me a mim mesmo?
O reflexo dela é extenso
Em perspectiva, em direção a mim
Atravessa a Lagoa
Reflexo, através das pessoas: mim mesmo
Engraçado que a "maré" é contra a Lua
E não atraída por ela
Ação do vento
Vento bom, brisa
Mas que afasta as águas da Lua
Pessoas passam por mim, pela vida, pela via
Motos velozes, carros com som potente.
Velocidade e potência, pergunto, pra quê?
O anoitecer basta!
Carlos Eduardo (CADU)
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