As águas de novembro se iniciaram, o céu chora acinzentado, sem tons de azul.
O varal de roupa pinga as gotas que conseguiu prender no estreito fio de cobre, pinga e molha os olhos da flor, na beira da pétala.
Branca flor, branca nuvem e branca pálida alma: observam..
Veêm o lençol branco e claro de uma cama, num quarto de chão branco e paredes roxas claras; colchas escuras que escondem a vergonha e a lágrima das faces avermelhadas.
Veêm a alma com suas faces pálidas e acinzentadas, sem tons de energia vital.
E os soluços comprimidos também.
Nenhuma água deixa de completar o novembro que inicia.
A chuva que só quer chover, e a lágrima que só quer cair
- elas estão apenas cumprindo seu papel.
E tudo está na perfeita ordem natural.
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