Escrita Cotidiana

costurando..

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

] O menino foi caminhando, mas antes de se aproximar do colega, ele baixou e recolheu (sem que ninguém percebesse) três pedras pontiagudas, fechou a mão e se preparou para a briga. Cada passo foi minuciosamente pensado enquanto resmungava frases baixas]: assim que esse atrevido for me atacar eu dou lhe uma boa lição, ele nunca mais vai esquecer dessas pedrinhas que eu tenho nas mãos, elas vão acertar ele em cheio!

]Quanto mais ele ia chegando perto do colega, mais ele apertava forte as pedras na mãos e resmungava]: assim ele aprende que não é o dono da razão, ele pensa que me engana, me chamando... sei bem que ele quer descontar da última briga. Mas ele vai ver comigo!

Quando chegou perto colocou a mão fechada nas costas, e preparou-se para o ataque. O colega saiu da roda de conversa com os outros colegas e deu lhe um grande abraço amigo, forte, verdadeiro, olhou ele nos olhos e desejou que ele tivesse um bom dia. O menino ficou tão surpreso e muito sem graça! Precipitou toda uma situação, imaginando, esperando outra atitude para o amigo. O colega havia lhe entregado sentimentos e ele vinha trazendo uma porção de pedras..

O menino nem reagiu ao abraço, só teve forças para abrir lentamente as mãos escondidas nas costas e soltar as pedras; elas caíram empapadas de sangue, foi quando o menino percebeu que ele havia colocado força demais sobre as pequenas pontiagudas - em todas as vezes que apertava as mãos.

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