vc pensa plasticamente a coisa
alem de rabiscos
riscos
em papeis
avulsos
folhas rascunhos
Carlos: é quase um conto
da lua que o seduz
e ele se mostra aos poucos, aos pulos
tentando alcançá-la
e ela se reflete na água do mar
vendo seu próprio brilho
arrepiei!!!
eu: cor do sonho é azul
só vejo o azul
Carlos: sim
azul marinho, escuro
da noite
do mar
eu: do mar
do céu
do golfinho
da alma
Carlos: blue moon
eu: do sonho
pensamento
e as palavras
trazem ritmo
trazem sentido
assim como o quadro descrito
e os pulos aumentam
Carlos: e eles se permitem se verem
eu: rs - será que acabou? será ?
Carlos: o que acabou?
eu: o conflito
a escrita
o pensamento?
ao se verem
Carlos: não porque eles não se alcançam
não se contentam em se verem
então, à medida que a noite passa
a lua vai se aproximando do mar
o golfinho a saltar
e ela
se afoga ao encontrá-lo
[não, isso merece um final alternativo]
eu: rs
o silêncio
paira
o golfinho guardou
seus fonemas
Carlos: como é bom produzir isso assim
em conjunto
eu: sim
que expectativa
--
Carlos: você dá um toque
a mais
mais poético
eu: e vc um plástico
uma textura
de silêncio
de mar
de azul
tudo azul
outra vez
e a medida que ela se aproxima
ela queria
fazer o movimento contrario
porque ela não entra no mar
ela só passa por ele
por d'traz dele
dando lugar a outro astro
dando lugar a outras cores
a outros sabores
a sentidos
é apenas um ciclo
de curto tempo
para apreciar o golfinho
ela desejava voltar ao inves de ir
Carlos: e o golfinho a vê sumindo no horizonte
tenta nadar em sua direção
em vão
resta aguardar o próximo ciclo
enquanto conta para seu amigo, o outro astro,
que traz o amarelo ao sonho
o que o acontece a cada noite
A lua como uma mulher
O sol como um amigo
eu: sim
Carlos: ou ambos como amantes entre si
eu: sim, que vivenciam aproximações
e proximidades
cores frias
e cores quentes
amigos nos percursos
direções
inversões
ciclos
Carlos: órbitas
eu: quase como se ainda
pedisse pra retornar
rs
acho que é marca
dos amantes
a insistência
colocar o dedo na ferida
mesmo sabendo que não vai adiantar
talvez fosse mais fácil contar ao amigo que ela era apenas uma bola branca assim diferente
e que sempre vai embora
garregada pelo inocente amanhacer
empurrada
pro fundo
d'água
como uma bola branca sendo prensada para baixo
sob as mãos da criança sapeca do destino
e ele se sente ali
tão pequeno
o oceano
já lhe parece um aquário
ps> ]bate-papo 935 linhas]
tudo mesmo!
deliciosamente encantador!
ps> ]bate-papo 935 linhas]
tudo mesmo!
deliciosamente encantador!
Nossa! Ótima edição. Ótimo título, quase poema por si, compreensível no contexto, misterioso na superfície. Serena intensidade. Água calma do oceano. Adorei tudo isso. Tudo mesmo!
ResponderExcluir.. no fundo o sereno é intenso e o intenso tbm pode e deve ser sereno..
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